Wednesday, February 23, 2011

ARGENTINA 1

Debora e Pat chegaram a fronteira da Bolivia com a Argentina perto da cidade Yacuiba ao meio-dia e tudo estava indo bem ate que foi requerida prova de seguro de carro com cobertura na Argentina. Sendo um pais que obriga o motorista fazer seguro de carro, esse foi o primeiro a nao ter seguradora disponivel nas imediacoes da aduana. Como a permissao de importacao de veiculo na Bolivia ja havia sido cancelado  e seus passaportes estampados, decidiram deixar o carro estacionado na aduana argentina e procurar por seguradoras a pe. Depois de perguntar a oficiais da fronteira e residentes locais, alem da opcao de ir ate a cidade Salta localizada a centenas de quilometros dali, descobriram a possibilidade de haver seguradoras de ambas nacionalidades por perto . Depois de tomar taxis pelas redondezas tanto do lado argentino quanto do lado boliviano em busca de seguradoras, descobriram que nao havia seguro disponivel para veiculos estrangeiros, somente para veiculos argentinos e bolivianos. Assim, parecia que estariam em maus lencois. Tentaram uma vez mais mostrando o seguro que compraram na Colombia, mas nao funcionou. O oficial da aduana que ja os tinha atendido antes estava incredulo da situacao dos viajantes. Depois disso foram a uma casa de internet para procurar um seguro que pudessem comprar online. Encontraram um oferecido pela empresa Clements Insurance que provia seguro de autos para ex-patriotas americanos em muitos paises, incluindo Argentina. Poderiam comprar um plano por US$ 180,00, mas tudo o que queriam naquele momento era uma prova impressa com os dados do carro que pudessem levar a aduana e poder passar com o carro pela fronteira e dirigir ate Salta onde comprariam o seguro "oficial" mais apropriado e barato. Debora preencheu o campo com o numero de seu cartao de credito, mas teria que clicar no botao SUBMETER antes de conseguirem uma pagina para imprimir. "Ops", ela clicou. Imprimiram o atestado  do seguro que nao parecia muito oficializado e minutos depois escreveram para Clements por email para que por favor desconsiderassem seu pedido de seguro explicando o "acidente" e pedindo um reembolso. Eles nao se sentiram bem ao fazer isso, mas apelaram a essas medidas desesperadas porque a unica outra opcao seria dirigir centenas de quilometros de volta a Bolivia. Ao voltarem a aduana, o mesmo funcionario estava la e ao olhar o papel, suas expressoes faciais nao pareciam muito prometedoras. Ele mostrou o documento a outro funcionario para ver o que achava. Pareciam nao saber, e as coisas nao estavam parecendo muito boas. Mas um novo funcionario entrou na sala pronto para comecar seu turno. para a sorte de Debora e Pat. Ele recebeu o papel e ignorou qualquer falta de similaridade com o seguro que provavelmente sempre recebiam ali, aceitando-o e dando aos viajantes a permissao para entrar com o veiculo na Argentina. O proximo passo era passar pela inspecao do carro que foi atraves de uma maquina de raio-X impressionantemente grande e depois disso era so partir para a viagem. Essa definitivamente conta como a fronteira mais longa a ser cruzada por eles (sem incluir os tramites de envio maritimo pelo Darien) durando mais de 7 horas.

Na manha seguinte, engatinharam para fora de sua cama na traseira do carro que estacionaram em Tartagal, nao muito alem da fronteira, e partiram em direcao a Salta. Houve muitas paradas de fiscalizacao de narcotraficos pelo caminho feito por policiais impertinentes. Em Salta acharam seguro de carro que custou cerca de US $ 150,00 e que cobriria Argentina, Bolivia, Paraguai, Argentina, Chile, Uruguai e Brasil por 4 meses. Eles tambem pesquisaram as opcoes para consertar a direcao hidraulica que comecara a falhar, mas a parte do carro Toyota Tacoma fabricado nos E.U.A. nao estava disponivel. Outras tarefas do dia incluiram compras de supermercado e comprar uma lampada para a luz traseira do carro que estava queimada. Antes de escurecer ja etavam de volta a estrada em direcao as terras de plantacao argentinas. 

Os proximos 2 dias cruzando o norte do pais foram por areas calidas e planas. Dirigiram longas distancias por fazendas de plantacoes e criacao de gado, que tornaram-se em deserto seguido por amplos vinhedos ao se aproximarem de Mendoza. As tres noites seguintes dormiram no carro suando num calor insuportavel, Pat e Debora descobriram que as longas siestas toda tarde permite que argentinos festejem noite a dentro todos os dias da semana, e causa noites barulhentas. Isso fez com que fosse ainda mais dificil de dormir. Alem de tudo isso, Debora ja nao falava com Pat ha mais de um dia por causa de uma briga por causa de navegacao na cidade de San Miguel de Tucuman. Mas ao aproximarem-se de Mendoza as coisas comecaram a melhorar. Entraram nas bases das montanhas andinas na saida da cidade e encontraram um rio popular para relaxar e mergulhar em suas aguas refrescantes.  Ali cozinharam um macarrao delicioso que foi acompanhado por uma garrafa de vinho barato.
Refreshing dip

O ar noturno estava fresco, entao puderam dormir bem. De manha, dirigiram mais alto em direcao ao topo da cordilheira e fronteira com o Chile. Pelo caminho avistaram Aconcagua ( montanha mais alta de toda a America do Sul), e depois de algum quilometros descendo pela estrada, entraram no longo tunel que permitiria a passagem ate o Chile.

Aconcagua 


DICAS

- Certifique-se em fazer seguro de carro em uma cidade grande antes de chegar a fronteira.
- Nao conte com os turnos regulares das 9:00 as 17:00. Lugares geralmente fecham entre 13h e 18h dependendo de quanto tempo precisam para tirar suas siestas.
- Nao desista quando o assunto e conseguir cruzar fronteiras. Funcionarios publicos gostam de dizer NAO mesmo sem ter certeza das coisas, por isso insista ate cança-los.
- Vinho barato na Argentina.

DESCABELOS

- Barrados na fronteira por mais de 7 horas.
- Calor insuportavel para dormir no carro.
- Tudo começou a ficar carissimo incluindo hospedaria, comida e gasolina.
- Nao ter chuveiro disponivel.

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