VENEZUELA

Nessa experiencia pode-se dividir a Venezuela em tres partes: caminho a Caracas, descanso e Natal em Caracas e passagem pelos Andes.

Depois de cruzar a fronteira nordica da Colombia e Venezuela Debora e Pat continuaram dirigindo pelo norte e suas areas alagadas. O problema da inundacao estava um pouco melhor do que o do lado colombiano, mas o transito de chevettes velhos e caindo aos pedacos criou um novo desafio na jornada. Alem disso a estrada estava cheia de buracos e cachorros atropelados praticamente em cada esquina.

Os postos de gasolina perto da fronteira estavam vazios, por isso so puderam abastecer em Maracaibo. O custo para encher o tanque com gasolina da boa na Venezuela foi de US$ 1,50, ou seja, menos de 3 reais! Para ter-se uma rapida ideia da quotacao atual: 1 dolar americano vale 1,70 reais e, oficialmente, 4 bolivares, mas no mercado negro (e no que todos se baseam) 1 dolar iguala 8 bolivares. Nao se aconselha ao turista fazer calculos com a quota oficial ou o mesmo podera desmotivar-se e ate desistir de visitar o pais. Tambem nao se aconselha fazer retiros de banco para nao sair perdendo e nao fazer transacoes com dolar abertamente porque a moeda esta abolida do pais e e ilegal carrega-la. Os viajantes conseguiram trocar dolar por 7 ou 8 bolivares na fronteira e tambem por intermedio de conhecidos.

De Maracaibo, onde passaram a noite num estacionamento de shopping, continuaram a viagem ate Chichiriviche que e uma cidadezinha praieira tranquila. Ficaram num hotel onde Debora passou boa parte do tempo brincando com os gatos que moravam ali. Chichiriviche esta localizada dentro do parque nacional Morrocoy que tem atracoes turisticas como belas ilhas e cavernas, por exemplo, mas eles passaram a oportunidade e partiram para Caracas na manha seguinte.

Todas as pessoas a quem o casal comunicava a visita a Caracas se precipitavam em dizer que o lugar nao era bom, muito perigoso, com grandes numeros de assassinatos, roubos, entre outros. Mas Pat e Debora nao se deixaram abalar e foram mesmo assim porque queriam visitar e passar o natal com amigos de Pat.

Pat conhece Dan e Andrea desde os tempos do ginasio/ ensino medio e eles acabavam de ter um bebe, portanto a visita era iminente. 

Os viajantes chegaram ao endereco providenciado por Dan sem problemas. Estacionaram o carro na frente de um predio bonito e tocaram o interfone. Donna, mae de Dan que estava visitando da California para as festas de fim de ano, respondeu e, prontamente, Andrea desceu para recebe-los com muita simpatia. Alguns minutos depois ja se sentiam em casa, comiam, bebiam, lavavam roupa (pela terceira vez na viagem), brincavam com o bebe Rafael e tambem a cadela Autana (tambem conhecida como Chupi: abreviacao para Chupa Cabra).

Depois de algumas horas Dan chegou do servico e com ele mais ofertas de comida e bebida. O cozinheiro da noite foi Bob, pai de Dan, que preparou um saboroso frango curry com arroz.

Assim continuaram os dias seguintes, envolvendo muita comida, bebida, brincadeira e preguica. O casal nao fez mais nada, nao se correspondeu no blog, nao fez pesquisa para a viagem, nao prestou atencao em nada alem de relaxar e tentar encontrar uns presentinhos de Natal. Ate esqueceram de tirar fotos com o bebe!

Todos passaram a vespera de Natal na casa de tios de Andrea. Ate entao, D&P ja tinham conhecido muitos membros da familia, todos muito simpaticos e de alto astral. A celebracao foi repleta de comida deliciosa, incluindo o prato tipico venezuelano allaca. Outro destaque foi a brincadeira enemigo secreto na qual os viajantes puderam participar e dar um dos presentes mais cobicados da noite: uma revista da Playboy.

Depois da celebracao passaram a noite na casa dos pais de Andrea que, a todo tempo, foram gente bonissima. Na manha seguinte, reuniram-se no apartamento de Dan e Andrea para um almoco natalino e abertura de mais presentes. Debora e Pat ganharam 2 presentes cada.

Todos os dias que passaram em Caracas foram muito divertidos relaxantes gracas a Dan e sua familia: "Me senti como um bebe mamando na mae", diz Pat dos bons tempos e faz mencao da musica Tetita de Wendy Sulca.

Deixaram o bem bom na manha do dia 26 para voltar a Colombia e continuar sua viagem pela America do Sul. Passaram por Barquisimeto e chegaram a cidade historica e colonial de Carora onde passaram a noite em um hotel. De manha continuaram na estrada ao sudeste, pelas montanhas andinas. Havia muito deslizamentos nas beiras da estrada, mas nao eram tao recentes porque a mesma ja tinha sido desbloqueada. O caminho pelas montanhas foi longo e vagaroso, porem muito belo. As paisagens e cidadezinhas montanhescas (especialmente entre Timotes e Merida) fizeram valer a pena dirigir o longo dia sem percorrer muita distancia. Somente chegaram a Apartaderos antes do cair da noite onde foram tentados a ficar por ser uma cidadezinha tao aconchegante. Alojaram-se num hotel/ lodge que os relembrou do inverno frio com seus cobertores pesados de flanela e la. De manha continuaram a viagem mas nao foram muito longe novamente devido a estrada ser cheia de curvas e inclinacoes. Tiveram que passar a noite num albergue em Michelena que e uma cidade relativamente perto da fronteira.

Sair pela fronteira sul foi um pesadelo por causa do transito que levou 5 horas para percorrer 100 quilometros. Filas sem fim de carros em postos de gasolina bloqueando a estrada foi o que causou a maioria dos atrasos.

Como o casal ouviu diferentes pessoas dizer, inclusive policiais, que era contra a lei levar gasolina da Venezuela, nao encheram sua garrafa extra de 5 galoes que traziam. 

Quando finalmente chegaram a fronteira tiveram que pagar 65 bolivares cada para sair do pais.

Infelizmente ninguem fez inspecao do carro para verificar se tinha gasolina extra, drogas, defunto, etc. o que causou certa frustacao nos viajantes.

DICAS

- Repetindo: tente trocar dolares no mercado negro em vez de retirar dinheiro no banco, isso faz com que seu dinheiro praticamente se multiplique.

DESCABELOS

- Estradas cheias de buracos.

- Desrespeito de motoristas contra cachorros de rua.