Thursday, March 17, 2011

URUGUAI

Chegar ao Uruguai foi um pouco complicado.
Enquanto Deb e Pat estavam na ultima cidade da Argentina decidiram gastar o restante dos pesos argentinos em compras para evitar a perda de dinheiro com conversao na fronteira. Eles so decidiram fazer isso depois de perguntar a um acougueiro do mercado e seu amigo se haveria mais pedagios no caminho ate a fronteira. Eles disseram que nao de forma assertiva. A essa altura do campeonato os viajantes ja deveriam ter aprendido a nao confiar completamente na palavra de residentes locais, mas decidiram dar um voto de confiança mesmo assim. Dirigiram os 30 quilometros que faltavam para chegar a fronteira e, depois de passar por uma longa ponte sobre o vasto Rio Uruguai, tiveram que parar num pedagio que so aceitava dinheiro. Pediram e imploraram, e ate ofereceram um celular para tentar pagar o mesmo. Depois de terem esgotado todas a possibilidades, relutantemente tiveram que voltar os 30 quilometros ate a cidade para poder usar uma caixa eletronica pagando uma taxa de saque mais 3% de conversao de moeda para sacar somente US $5,00 em pesos. Eles ficaram muito chateados com a situacao e desperdicio de tempo e gasolina, mas retornaram ao pedagio com dinheiro na mao.

Cruzar a fronteira propriamente dita foi razoalmente facil com excecao de ser a primeira a negar a passagem com o garrafao extra de 5 galoes de gasolina cheio, que frequentemente carregam na traseira do carro ao cruzar fronteiras cujo combustivel do pais seguinte e mais caro. Com a permissao do oficial da aduana conseguiram transferir o combustivel do garrafao para o tanque que ja estava quase cheio. Depois disso foi so "Alo, Uruguai!" A primeira noite ali passaram em Nueva Palmira nao muito alem da fronteira na orla com o mesmo rio gigantesco que cruzaram por ponte mais cedo aquele dia. Na manha seguinte visitaram as cidades Carmelo e Colonia Del Sacramento, e a tarde ja tinham alcancado a capital Montevideo onde Pat deu entrada no visto de turista para o Brasil.
Colonia Del Sacramento

Montevideo

Encontraram o consulado brasileiro rapidamente e levaram todos os documentos necessarios. Ironicamente, o consulado nomeia o visto para americanos como gratuito, porem, adiciona uma taxa de processamento de visto que varia de preco dependendo da nacionalidade do individuo. Pat teve que pagar a taxa mais elevada de US $ 160,00 por ser americano. Quando foram chamados para serem atendidos e os documentos coletos, a senhora averiguou o passaporte e insistiu dizendo que precisaria de um novo com mais paginas para poder conceder o visto porque somente restava a ultima pagina do passaporte. Isso os decepcionou porque Pat tinha reservado a pagina especificamente para o visto brasileiro e ainda havia alguns cantos de paginas para a estampa de entrada no pais. Perguntaram a funcionaria do consulado o porque nao poderia utilizar a pagina, mas a mesma insistiu com um tom alterado que nao podia e pronto. Tentaram convence-la de que nao teria problemas, mas ela ficou cada vez mais brava e comecou a quase gritar antes de sair de seu posto e entrar numa sala adjacente. Depois de averiguar o passaporte com companheiros de trabalho e descobrir o motivo de nao poder colocar o visto na pagina (porque e reservada para uso oficial do governo americano) voltou mais calma e explicou a razao. Sairam de la desapontados por mais uma vez terem que fazer processos burocraticos e gastar mais dinheiro com agencias altamente restringentes. Perto dali encontraram a embaixada dos E.U.A. onde Pat poderia adicionar paginas a seu passaporte sem ter que tirar um novo e esperar para que ficasse pronto. Entraram na recepcao do predio excessivamente assegurado e o recepcionista explicou que estavam no predio correto, mas so poderiam marcar hora atraves da pagina da internet do governo e nao pessoalmente. Denovo frustrados, sairam do predio quase que anarquistas. Encontraram conexao wifi gratuita nas redondezas e, para felicidade de Deb e Pat, ainda havia 1 lugar vago para entrevista na manha seguinte.

Comemoraram o fato com macarrao e molho vermelho com bacon perto da praia. Do outro lado da rua, dois lavadores de janelas faziam seu trabalho num edificio todo espelhado. Desceram pendurados desde o topo do edificio e quando tocaram o chao, Pat os abordou interessado em saber como procurar por esse tipo de emprego e se eram escaladores tambem. Logo, ele e Debora foram convidados para assistir um treinamento para novos contratados dado pelos lavadores de janela e escaladores Nicolas e Mauricio. Decidiram assistir e gostaram da experiencia. Nicolas, que os convidou para assistir o treinamento, foi extremamente simpatico e ofereceu qualquer ajuda que os viajantes pudessem precisar, por isso trocaram contatos.
Watching the climbing training

Na manha seguinte Pat conseguiu paginas extras em seu passaporte pelo custo de  US $ 80,00 que prontamente foram aceitas pelo consulado brasileiro para conceder o visto que levaria 2 dias uteis mais o fim de semana para completar o processo. Ao meio-dia Pat e Deb ja saiam de Montevideo dirigindo ao leste pela costa em direcao a Punta Del Este. Pararam em muitas cidades costeiras no caminho admirando belas paisagens e arquitetura diversa. Passaram uma noite em Punta Del Este antes de continuar pela costa visitando mais cidades e praias antes de deixar o carro sozinho num estacionamento a noite (sem os viajantes dentro, para variar) enquanto caminhavam alguns quilometros ate uma cidade diferente chamada Cabo Polonio. E proibida a entrada de carros particulares nessa colonia turistica, por isso so se pode chegar ali caminhando ou tomando onibus especial 4x4 que leva visitantes por preco razoavel. Deb e  Pat acamparam na praia somente com lencol e cobertor a luz da lua cheia depois de comer lanches e vinho que que tinham levado. Depois da colonia e suas atracoes retornaram ao carro, e dessa vez pegaram o onibus.
Sea lions

close-up

Full moon and the lighthouse

Daylight Lighthouse 

Rocky coast of Cabo Polonio
The fingers at Punta del leste

Depois, seguindo o conselho de seu mais novo amigo uruguaiano Nicolas, foram em direcao ao interior por estradas pavimentadas e de terra em direcao a cidadezinha Arequita para ver suas atracoes. Ali encontraram  belos riachos, clifes, um rio para nadar e um otimo lugar para acampar num plano verde e com arvores grandes. Depois de deixar a area voltaram a Montevideo. Contataram seu amigo ao chegar ali e passaram a noite conversando com ele e sua namorada, comendo lanches e bebidas feitas por Nicolas, alem da deliciosa bebida uruguaiana grapamiel. Como regularmente, dormiram no carro e buscaram o passaporte de Pat no consulado brasileiro na manha seguinte. 

Antes de partir pararam para agradecer Nicolas por sua generosidade e foram surpreendidos com um presente de partida: uma garrafa de grapamiel. Prontamente continuaram felizes em direcao a fronteira final adentrando o Brasil.

Friends Pat, Deb, Nico and Grapamiel :)

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