Tuesday, November 30, 2010

NICARAGUA

De uma so vez foram da fronteira com Honduras ate Managua para dar uma olhada nos lagos da regiao. Nada impressionante, mas a visita lhes rendeu uma multa de "giro" porque Pat nao fez uma curva apropriada segundo as leis do transito local. Receber essa multa em Managua parece ser comum porque todas as pessoas com quem os viajantes falaram sobre o assunto sabiam muio bem do que se tratava, onde pagar, etc. Como a infracao ocorreu no sabado e deveria ser paga no banco, teriam que retornar a cidade na segunda-feira, mas, enquanto isso, visitaram outros lugares da cercania.
Granada foi onde passaram as duas noites seguintes, uma em um albergue (US$ 15.00) e outra no carro. E uma cidade pituresca e ha turistas por todos os lados. No dia seguinte visitaram Catarina e o lago  Apoyo. De Catarina se tem vista panoramica do lago Apoyo e do lago Nicaragua a distancia. E menor e menos popular que Granada, mas tambem pituresca e habitantes vendem comida e artesanato em tendinhas e calcadas. Depois da vista foram ao lago para dar uma refrescada. Por terem seu proprio carro podem ir a lugares que muitos turistas nao conseguem ir de onibus. Na manha seguinte em Granada, fizeram cafe em seu fogaozinho de acampar, como sempre, lavaram roupa (segunda vez na viagem) e foram ao banco pagar a multa. 
No departamento policial de transito onde foram pegar a carteira de motorista de Pat, recolhida pelos policiais no sabado, falaram com a mulher que disse que a mesma ainda nao estava la e chegaria somente dentro de 2 ou 3 dias. A dita cuja nem havia procurado pela licenca porque o casal nao soube dar os nomes  exatos do distrito e local de onde tinha acontecido a infracao. Por isso, insistiram ate que outra funcionaria procurou e encontrou quase que imediatamente. Essa funcionaria afirmou tambem que pessoas extrangeiras nao podem receber multas. Segundo ela, e ilegal dar multas a extrangeiros em todo o territorio de Managua e os policiais o sabem porque passam por treinamento. Tarde demais! O mal ja estava feito, mas pelo menos conseguiram pegar a licenca rapidamente e continuaram em direcao a San Juan del Sur via La Conquista.
A aventura comecou depois de terem dirigido menos de 10 km de La Conquista onde a estrada se dividiu. Na intersecao havia um homem em sua moto que acabava de vir de El Astillero. Disse que a estrada secundaria estava em condicoes muito ruins, com inumeros buracos, pocas de lama, etc.,  mas podia ser cruzada. A outra opcao era tomar a estrada de terra ate Vera Cruz que seria mais curta e aparentemente tinha a mesma condicao que a outra depois continuar a El Astillero por outra rodovia secundaria.
Optaram pela estrada de terra. Nao foi tao facil alcancar Vera Cruz, mas o fizeram sem muita complicacao e, de la, supostamente a estrada melhor comecaria. O que era para ser o fim da estrada de terra, tornou-se em um pesadelo de lama e cruzamento de rios. Depois de uns 2 quilometros de Vera Cruz, uma chuva temporaria, mas muito expessa comecou a cair e fez o cruzamento de um dos rios quase impossivel porque a subida do outro lado estava com lama muito molhada e escorregadia.
Logo comecaria a escurecer, por isso apressaram-se em tentar construir uma passagem solida em cima da lama com rochas e galhos caidos. Caiu a noite e depois de muitas tentativas frustrantes, espinhos nos pes e maos, mordidas de mosquitos e aranhas e horas de trabalho, conseguiram subir a rampa. A partir dali tiveram que continuar construindo caminhos com pedras e movendo o carro vagarosamente ate que finalmente conseguiram desatolar.
Continuaram dirigindo com a esperanca de que estavam muito proximo do asfalto e alcancariam El Astillero onde poderiam encontrar uma pousada. O mapa que tinham estava incorreto em relacao a essa estrada que deveria ser secundaria em vez de destruida pelo tempo.  Menos de 3 km depois encalharam mais uma vez. Esta levou somente 1 hora para desatolar, mas foi o que levou a conclusao de que deveriam desistir por hora e continuar pela manha.
Com a luz do sol da manha seguinte caminharam para avaliar o terreno que teriam que cruzar. Logo encontraram um senhor idoso residente na cercania que buscou ajuda de seus companheiros. Dois homens com uma pa e um pedaco de madeira ajudaram a aplanar o caminho e empurrar o carro quando atolava. Isso se seguiu por menos de 1 hora ate que os homens pararam em sua casa e deixaram os viajantes seguirem adiante. Uma ajuda que caiu do ceu porque Debora e Pat ja estavam exaustos e doloridos da noite anterior. Segundo esses homens e tambem um moco, eles haviam sido os primeiros no ano a dirigir por aquela estrada.
A estrada estava mais seca por nao ter chovido desde a tarde anterior, mas ainda tinha pessimo terreno. Como o veiculo de Pat era 4x4 , conseguiu passar por todos os desniveis e  obstaculos sem maiores problemas. No ultimo rio largo, meninos do bairro ajudaram a lavar o carro em troca de bolachas recheadas.
Os aventureiros chegaram a San Juan del Sur no fim de tarde onde conseguiram um bom negocio em um albergue - US$ 20,00 por 2 noites em quarto com banheiro privado. Tambem Comedor Margarita faz comida deliciosa e barata todos os dias.
No dia seguinte visitaram as praias Majagual, Maderas e Marsella. Como o carro estava bem batido e havia pedras e terra presa em muitos lugares em sua parte inferior, pararam em um lava-auto. Os mocos fizeram um trabalho muito bom e limparam quase tudo, o que eliminou 80% do problema. Ainda precisariam lubricar as juntas, freios e outras partes.
De San Juan del Sur partiram para cruzar a fronteira com Costa Rica.


DICAS

- Nao confie demasiadamente em seu mapa.
- Traga uma pa de cavar, so por via das duvidas.


DESCABELOS

- Os chinelos de Pat foram sugados pela lama e quebraram.
- O carro ainda esta um pouco traumatizado depois da aventura extrema

No comments:

Post a Comment