Villa
La Angostura encontra-se cerca de 80 km ao norte de Bariloche. Para chegar até
lá de ônibus desde o aeroporto de Bariloche primeiramente é preciso chegar ao
terminal de ônibus da cidade, que fica a cerca de 10 quilômetros de distância.
Pode-se ir de ônibus público, que passa de 1 em 1 hora e custa 7 pesos (menos
de 1 dólar), de van (65 pesos), ou de táxi (150 pesos). Do terminal sai um
ônibus para Villa La Angostura que custa 60 pesos e sai a cada 2 ou 3 horas,
por isso recomenda-se verificar os horários com antecedência. Na verdade, o
ideal seria visitar Bariloche antes de ir para La Angostura porque lá é
possível trocar dinheiro mais facilmente e por uma taxa de câmbio melhor. Cada
dólar pode ser trocado por 13 pesos no mercado paralelo, em vez de 8 pesos no
oficial (o mesmo acontece com o real: 5 pesos por real no mercado paralelo em
vez de 3.3 no oficial). Portanto, tente levar o máximo de dólares ou reais para
trocar lá!
Villa La Angostura é uma cidadezinha
bem pequena, calma e graciosa. Os grandes e mansos cães de rua, ou que têm
dono, nunca se sabe, são definitivamente uma característica que chama atenção
na vila.
Os festeiros provavelmente não ficarão
satisfeitos com a vida noturna local, e a melhor chance de divertimento para
eles seria conhecer gente e tentar sair em grupo, ou passar um tempo em
albergues estudantis. Um deles é o agradável Hostel La Angostura que fica perto
do terminal de ônibus (aproximadamente 10 minutos a pé) e custa 150 pesos por
dia. Com uma ampla sala de estar comunitária, TV de tela grande, mesa de
bilhar, dardos, mesa de ping pong, churrasqueira, etc., os quartos são limpos
diariamente e os empregados super simpáticos. Foi lá que Débora reencontrou um
amigo americano, Mike, que não via há anos e com quem desfrutou deliciosas
refeições e fernet com coca.
Cerro Bayo é a montanha local para
se fazer snowboard e esquiar, a qual é simples, menor e um pouco mais barata
que Cerro Catedral, em Bariloche.
Devido às condições de neve serem
bastante imprevisíveis nessa região da Patagônia argentina, Débora não recomenda
comprar um passe semanal no caso de a neve no Cerro Bayo não estar boa. Além
disso, porque Bayo é uma montanha pequena, comprar um passe de 3 a 5 dias teria
sido suficiente, e é o que teria feito se tivesse pesquisado melhor! Ela ficou
remoendo a decisão de ter comprado um passe de 7 dias por um bom tempo antes de
se conformar. Assim, também poderia ter feito snowboard nas montanhas próximas,
como a Catedral e Chapelco, ambas cerca de 100 km de distância, sem disperdícios.
A mesma regra aplica-se para essas montanhas.
Cerro Bayo encontra-se cerca de 9 km
do centro da cidade e este ano não disponibilizaram transporte público para
chegar lá, dessa forma, as opções eram ou tomar uma van por 100 pesos a viagem
ida-e-volta, ou pedir carona até lá. Débora utilizou a van somente um dia dos
12 que esteve na Villa, nos outros, ela facilmente conseguiu carona até a base
onde se encontra a vila de esqui.
Se você não é muito chegado a
esportes de inverno, Villa também tem muitas outras coisas para oferecer. A
paisagem é maravilhosa e é possível desfrutar de belas caminhadas, andar de
bicicleta, visitar os lagos e cachoeiras. A trilha que vai até o famoso Parque
Arrayanes se inicia no porto da Villa. A melhor forma de conhecer mais lugares
e curtir a natureza é utilizando uma bicicleta. Débora acabou fazendo tudo a pé
já que tinha bastante tempo, mas de certa forma se arrepende de ter caminhado
até o Lago Espejo (12 km do centro da cidade, em cada sentido) porque havia
algumas outras coisas no caminho que poderia ter conhecido em um único dia de
bicicleta.
O centro da cidade tem muitas lojas
de equipamento para alugar que oferecem ótimo atendimento, e Débora escolheu
Bayo Abajo (ao lado do terminal de ônibus da Villa) por causa do melhor
atendimento ao cliente e preço. Lá você será muito bem atendido por Javier e
Victor e conseguir uma boa pechincha em equipamento.
A estadia de menos de 2
dias em Bariloche não foi suficiente para fazer muita coisa.
Há MUITOS
brasileiros lá e por isso recebeu o apelido BRASILoche. Lá, ela visitou a vila
de esqui na base do Cerro Catedral que conta com uma excelente infraestrutura,
e até tem uma construção estilo shopping center que dá acesso a um dos
teleféricos. Subir o Cerro Campanário, o que ela altamente recomenda, custa 100
pesos de teleférico, ou é gratuito se decidir subir a pé por cerca de 30
minutos. O cume presenteia o visitante com uma vista de 360º da região (algumas
das vistas são: Cerro Tronador, Cerro Bayo, Península Llao Llao, Lago Nahuel
Huapi, Lago Perito Moreno, etc).
Em Brasiloche ela se
hospedou no albergue Pudu por um dia (130 pesos). Com uma bela vista do lago,
cozinha agradável, e funcionários simpáticos, Pudu é um bom lugar para ficar para
aqueles que não se incomodam com construções mais antigas e banheiros
compartidos. A hospedagem também fica bem perto da Cervejaria Antares que tem
bons preços no happy hour e boa clientela, contudo a cerveja não é das
melhores.
DICAS:
- È melhor comprar um passe de 3 dias alternados para que não precise usar todos os dias de uma vez, assim, se não houver neve, você poderá procurar por ela em outro lugar.
- Certifique-se de não trocar mais dinheiro do que o necessário no seu país (pelo menos em se tratando dos EUA e do Brasil), porque o valor no mercado paralelo argentino é MUITO melhor e você poderá tornar sua viagem muito mais barata fazendo isso. Não é fácil encontrar esse valor paralelo na Villa, então faça isso com antecedência em Bariloche ou Buenos Aires.
- É fácil pedir carona da avenida/estrada principal (Arrayanes), logo que o centro acaba indo em direção ao Cerro Bayo (sul), e passando a pequena ponte que cruza um riacho.
- O supermercado La Anonyma (2 quarteirões do terminal de ônibus) é mais barato e tem muito mais opções de compras do que os outros mercados na avenida principal.
DESCABELOS:
- Não se pode contar com transporte público para subir até o Cerro Bayo, e o serviço de van é caro.
- A trilha para o Parque Arrayanes estava fechada para reformas, por isso o único meio disponível para chegar ao parque era de barco.
- Pouquíssima neve, mesmo, esse ano.